Uma operação realizada na manhã desta quinta-feira (28) nas cidades de Sobral e Tianguá, na Região Norte e na Serra da Ibiapaba, por agentes da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD), com o apoio do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque), culminou na prisão de vários policiais militares – oficiais e praças – pertencentes ao Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA) e à 2ª Companhia do 3º BPM. São acusados de crime de corrupção. Entre os detidos está um tenente-coronel.
Confira os nomes do presos
O tenente-coronel Paulo de Tasso, o major Marcelo Bezerra e os praças Raimundo Nonato Cruz, Antônio Barbosa Filho, Marcelo Cristiano Melo, Reginaldo Bento De Araújo, Pablo Weslly Cavalcante, Jorge Luis de Sousa e Décio Alves Fernando.
Entenda
A operação é fruto de uma investigação sigilosa levada a efeito pela CGD com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE), através do Núcleo de Sobral, que teriam descoberto uma verdadeira quadrilha fardada. Cerca de 20 mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos no quartel em Tianguá e nas residências dos PMs na cidade de Sobral. Até mesmo em viaturas da PM e nos carros dos investigados foram realizadas buscas, o que culminou na apreensão até de animais silvestres.
A operação foi mantida em absoluto sigilo pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e pelo próprio Comando-Geral da Polícia Militar, em Fortaleza. Ambos os órgãos ainda não se pronunciaram acerca do fato.
Informações dão conta de que o grupo é acusado da prática de concussão, isto é, a obtenção de vantagem ilícita em razão do cargo. Os militares estariam praticando corrupção no exercício do cargo, com pagamento de propinas para a liberação de objetos de apreensões feitas em operações. No caso dos agentes do BPMA, as propinas seriam realizadas no momento das apreensões de animais silvestres. Dentro de uma das viaturas revistadas, os agentes da Delegacia de Assuntos Internos (DAÍ) da CGD encontraram gaiolas com pássaros que estariam, supostamente, sendo negociados pelos militares.
No começo da tarde, os militares presos durante a operação começaram a ser ouvidos na sede do Ministério Público da cidade de Sobral e, logo depois, seriam encaminhados ao Núcleo da Perícia Forense do Estado (Pefoce) , onde seriam submetidos a exame de corpo de delito.
Fernando Ribeiro
Via AVSQ
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