Candidato diz que fala do petista revela 'inexperiência e ou
arrogância'
São Paulo: O presidenciável do PDT, Ciro Gomes, rebateu durante
entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira (19) a declaração do candidato
Fernando Haddad (PT), dada no dia anterior à mesma emissora, de que tinha
certeza que seria apoiado pelo pedetista no segundo turno das eleições.
"Nem a pau, Juvenal. Eu não cedo a instituto de
pesquisa a minha responsabilidade com o meu
país", disse Ciro ao ser questionado se já pensa na
possibilidade.
O candidato afirmou ainda que a declaração de Haddad era uma
amostra de inexperiência e arrogância do petista e seu partido, falando também
da possibilidade de derrota do ex-prefeito de São Paulo para Bolsonaro em
segundo turno, uma vez que a pesquisa Ibope divulgada nesta terça (18) mostra
os dois candidatos empatados nesse cenário.
"Ele está se precipitando como uma demonstração a mais
de inexperiência e ou arrogância. A
petezada costuma cultivar uma certa arrogância, uma certa
superioridade, que não sei de onde
tiraram isso. Ele já se acha vitorioso, já se acha no
segundo turno e sabe que é o candidato
marcado para perder", completou.
O pedetista também disse que é "diferente em tudo"
em Haddad. Ele afirmou que o candidato
continuará atendendo aos interesses do mercado e que está
fazendo uma nova versão da "Carta
ao povo brasileiro", a exemplo de Lula, mas "agora
em parágrafos".
ADOÇÃO POR HOMOSSEXUAIS E ABORTO
O candidato do PDT se recusou a responder de forma breve se
é contra ou a favor da adoção de crianças por homessexuais e da legalização do
aborto em qualquer situação.
No chamado "pinga fogo", rodada com perguntas
objetivas e respostas objetivas que encerra a
entrevista na rádio, Ciro se estendeu ao explicar porque é
contra o financiamento público de campanha e da prisão após condenação em
segunda instância.
O candidato começou a responder sobre adoção de crianças por
homossexuais dizendo "acho que toda forma de amor é...", quando foi
interrompido pelo locutor, que lhe pediu para
responder apenas com "sim ou não" ou não haveria
tempo suficiente. O pedetista, então, disse "não quero responder",
mesma resposta dada ao ser questionado sobre aborto.
Ciro se declarou contra taxar igrejas, a intervenção militar
no Rio de Janeiro e foro especial
para políticos e disse vai reduzir o número de
ministérios.
Fonte: Folha de São Paulo
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