Após ter seu pedido de habeas corpus pautado no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva repetiu que vai "brigar até o fim" para ser candidato às eleições presidenciais deste ano. O petista tenta evitar uma prisão após condenação em segunda instância e, ao mesmo tempo, reverter condenação por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato.
"Em nome do meu caráter e da minha honra, eu vou brigar porque eu aprendi a andar de cabeça erguida e, se eu baixar a cabeça, eles vão colocar uma cangalha no meu pescoço", disse o ex-presidente, em São Borja (RS), onde foi visitar o túmulo de Getúlio Vargas. "Se querem me derrotar, tenham coragem. Se ganharem, eu fico quieto. Se perderam, eu vou fazer um governo melhor do que já fizemos", declarou.
Alegando ser inocente, ele cobrou o direito de ser candidato às eleições presidenciais. "Se preparem porque eu vou brigar. Se querem me derrotar, que criem coragem, que vão para a urna e vamos disputar cada voto desse País para a gente ver quem o povo quer eleger", disse o ex-presidente.
O ex-presidente disse que nunca reclamou ou entrou na Justiça contra a eleição de algum adversário, como fizeram com Dilma Rousseff com 2014. Ao se defender da condenação na Lava Jato, Lula voltou a falar que não respeita a decisão tomada contra ele. Ele repetiu que é mais inocente do que aqueles que o acusam.
Lula enfrentou protestos em sua passagem pela cidade, assim como ocorreu em outros pontos de sua caravana pelo Rio Grande do Sul. "Esses que andam me chamando de ladrão, se juntar mãe, o filho, o pai e a tia, não dá 10% da honestidade que eu tenho nesse país", declarou, criticando quem se manifestou contra ele.
Vestido com camisa azul e um lenço vermelho, Lula prometeu, se eleito, lançar um referendo revogatório e propor uma nova Constituinte para anular medidas do governo Michel Temer, como o teto de gastos públicos. Ele disse que, em um eventual governo, irá federalizar o ensino médio e tirar a exigência de declaração de Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos.
Agência Estado via O Povo Online
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