Foram quase sete anos da operação que gerou as condições institucionais e políticas para “impitimar” Dilma Roussef (PT). Levou também à prisão de figurões de nossa política, como o ex-presidente Lula e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Fez ainda com que um amontoado de magnatas do mundo empresarial fossem condenados e presos. A delação virou a norma para escapar.
Voraz, a Lava-Jato agiu de uma forma que praticamente eliminou do mercado gigantes nacionais da engenharia, como a Odebrecht. No centro das investigações, a Petrobras, a estatal que não quebrou por ter um monopólio mundialmente valioso. Mesmo as piores e mais desastradas estripulias não são capazes de levá-la à lona.
Nada mais, nada menos do que 79 fases deflagradas, 533 acusados e R$ 4,3 bilhões recuperados frutos da maior e mais polêmica operação contra a corrupção já posta em prática no planeta.
O Ministério Público Federal (MPF) informou que o grupo da operação em Curitiba (PR) foi desmobilizado. Uma portaria da Procuradoria-Geral da República (PGR) até que estendeu os trabalhos da operação até outubro deste ano, mas com nova estrutura e sem a nomenclatura que as diversas línguas do mundo traduziram ao seu modo: Car wash, Lave-Auto, Autowäsche, Autolavaggio, Avtomoyka, Lavado de chorro…
Sai a Lava-Jato entra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco. É o mesmo termo que designa os grupos especiais de combate ao crime organizado nos ministérios públicos estaduais.
“O legado da Força-Tarefa Lava-Jato é inegável e louvável considerando os avanços que tivemos em discutir temas tão importantes e caros à sociedade brasileira. Porém, ainda há muito trabalho que, nos sendo permitido, oportunizará que a luta de combate à corrupção seja efetivamente revertida em prol da sociedade, seja pela punição de criminosos, pelo retorno de dinheiro público desviado ou pelo compartilhamento de informações que permitem que outros órgãos colaborem nesse descortinamento dos esquemas ilícitos que assolam nosso país há tanto tempo”, disse Alessandro José de Oliveira, coordenador do núcleo do que sobra da Lava-Jato no Gaeco.
Focus.jor
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