O transporte de cargas no Ceará acaba perdendo, em média, dois dias em processos de entrega de produtos devido à qualidade das estradas. A perspectiva é de Heitor Studart, presidente do Conselho de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), e se baseia na avaliação do Anuário dos Transportes da Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O estudo, divulgado ontem (19), apontou que mais de três quartos (75,55%) da extensão das rodovias estaduais foram classificados com qualidade regular, ruim ou péssima em 2019.
As condições das estradas, segundo Studart, têm afetado a competitividade do Estado, uma vez que as empresas de transporte perdem tempo considerável em processos corriqueiros. O trajeto poderia ser feito até três vezes durante um mesmo dia, caso as condições das estradas fossem melhores. “Nós estamos perdendo principalmente no transporte de cargas para portos e no setor de distribuição de logística, como o abastecimento do comércio”, completou.
O presidente do Conselho de Infraestrutura da Fiec ainda defendeu que o valor dos fretes no Estado acabam ficando de 20% a 30% mais caros em relação aos mercados vizinhos no Nordeste. Além disso, sem melhorias nas rodovias locais, ele indicou que há também um represamento da geração de novos empregos nos setores de logística e construção civil, o que acaba reduzindo o potencial econômico do Ceará.
Diário do Nordeste
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