Pelo menos 18 alunos compareceram na manhã desta quinta-feira (08), na Delegacia de Polícia Civil de Santa Quitéria, para prestarem queixa contra o Instituto de Ensino Superior Chaves e Oliveira (IESCO), acusado de vários irregularidades ao longo dos cursos.
Conforme apurado pelo A Voz de Santa Quitéria, as denúncias são direcionadas à presidente do Instituto, Fátima Chaves e o coordenador do polo local Romário Martins.
De acordo com as vítimas, as aulas iniciaram em 2017, nas licenciaturas em Matemática e Letras (Português/Espanhol e Português/Inglês), com a promessa de certificação pela Universidade Paulista (UNIP), no entanto, ao decorrer do curso, descobriram uma outra parceria com a Universo de Formação Profissional (UNINFOP), sem terem sido informados em nenhum momento.
Já desconfiados, se reuniram com a presidente Fátima, que garantiu a emissão de históricos por outra instituição, no caso, a Faculdade Integrada de Ariquemes (FIAR). Após um mês de espera, uma nova notícia: os alunos teriam que migrar para uma quarta faculdade, a Universidade Cruzeiro do Sul, entrando como iniciantes, mesmo estando com metade do curso concluída. Não bastasse a situação, os alunos pagaram um valor maior do que o prometido por Fátima, o que levou alguns a cancelarem suas matrículas.
Após todo o imbróglio, a IESCO emitiu os históricos por uma quinta faculdade, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Boa Esperança (FAFIBE), sem nunca terem conhecido a tal. Mesmo sem concluir todo o ciclo, o instituto teria ameaçado de negativar os nomes dos alunos, caso não efetuassem os pagamentos das mensalidades. Segundo o advogado Ednaldo Ferreira, que representa as vítimas, ações judiciais foram impetradas para impedir a negativação, tendo sido concedidas algumas liminares.
Um inquérito deverá ser instaurado pelo delegado Ivanildo Alves a fim de aprofundar as investigações sobre as práticas cometidas pela IESCO, inclusive, podendo ser intimados nas próximas semanas.
O instituto informou ao A Voz de Santa Quitéria que deverá emitir posicionamento nesta sexta-feira (09).
Investigações aprofundadas
O imbróglio envolvendo faculdades e institutos foi denunciado no último mês de junho, vindo da cidade de Hidrolândia, quando o Instituto de Formação Superior do Ceará teria emitido diplomas falsos para estudantes de educação física.
Casos como estes, enganando os estudantes, tem acontecido com grande frequência no interior do Estado, o que já foi denunciado ao Ministério Público Federal e está nas mãos do Judiciário para dar encaminhamentos mais rigorosos.
Fonte: AVSQ
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