O médico e prefeito afastado de Uruburetama, José Hilson de Paiva, de 70 anos, se apresentou espontaneamente à Polícia na tarde desta sexta-feira (19), por volta das 14h. Hilson recebeu prestou depoimento na Delegacia Geral da Polícia Civil do Ceará, no centro da capital cearense.
Paiva se entregou na presença do advogado Leandro Vasques, poucas horas depois do Poder Judiciário cearense decretar a prisão preventiva. José Hilson é suspeito de crimes sexuais. Há informações que ele teria vitimado, pelo menos 17 mulheres.
Os assédios eram registrados pelo próprio suspeito, sem que as vítimas percebessem. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) havia requerido a prisão preventiva do médico na noite dessa quarta-feira (17). Na manhã desta sexta-feira (19), a Justiça acolheu o pedido e acrescentou que as autoridades apreendam objetos que possam comprovar os crimes.
Na decisão determinando a prisão preventiva há que a captura "se faz necessária afim de preservar higidez das provas a serem produzidas em juízo eis que da leitura das peças deprende-se que o representado venha utilizando sua influência para se manter impune ao longo de vários anos do que se pode deduzir a possibilidade de ele, o representado, em liberdade embaraçar investigação policial e instrução criminal".
Pelo menos duas vítimas já foram ouvidas na unidade da Polícia Civil de Uruburetama até esta quinta-feira (18). Outras quatro mulheres estiveram na Delegacia de Cruz, onde José Hilson trabalhou como médico da Prefeitura entre 1992 a 2012 e manteve um consultório particular na cidade até 2018, onde também teria cometido os crimes.
O MPCE afirma ainda que já investigava o médico desde junho deste ano, pelos mesmos vídeos obtidos pelo Sistema Verdes Mares. O órgão responsável pela apuração é o Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) e, até o momento, seis vítimas e uma testemunha já foram ouvidas.
Diário do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário