O abuso de paredões de som é comum na periferia de Fortaleza, fato que desafia as autoridades
Com uma chuva de pedras e garrafas e até mesmo tiros. Assim foram recebidos guardas municipais de Fortaleza e policiais militares na noite deste domingo (26) em uma praça na Avenida A do Conjunto José Walter, na zona Sul da Capital, onde baderneiros promoviam um festival de paredões de som. Para conter os desordeiros e não ficarem desmoralizados, os agentes responderam à altura, com disparo de balas de borracha.
O incidente ocorreu quando uma equipe de fiscalização da Inspetoria de Proteção Ambiental (IPAM), da Guarda Municipal de Fortaleza (GMC) foi acionada para acabar com a farra dos paredões, num autêntico desrespeito aos moradores daquela comunidade e numa afronta à lei.
Quando a primeira equipe apareceu, foi recebida com pedradas, garrafadas e até tiros. Foi pedido reforço e logo foram enviadas ao local viaturas da própria GMF pertencentes às inspetorias de Proteção Urbana (Iprotu), de Terminais (Iterm) e de Segurança Viária (ISV), além de patrulhas do Batalhão de Policiamento Comunitário/BPCom (Ronda do Quarteirão) e do Policiamento Ostensivo Geral (POG), da Polícia Militar.
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“As equipes que chegaram no apoio também foram recebidas a pedradas, garrafadas e até mesmo disparos de armas de fogo em direção aos guardas”, consta em relatório.
Depois de muitos disparos com munição não-letal (balas de borracha), o resultado foi a apreensão de quatro paredões e o fim da baderna. Os moradores aplaudiram de pé a ação da Guarda Municipal e da Polícia Militar, pois segundo eles, todos os domingos a farra dos paredões acontecia no local, provocando vários delitos como prostituição de menores, tráfico de drogas e perturbação do sossego alheio.
Ainda de acordo com relato da GMF, mesmo após a operação, um posto de saúde próximo dali foi atacado a tiros, supostamente, em represália à ação das autoridades contra a baderna dos paredões.
Fonte: Fernando Ribeiro
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